Ou o bom humor faz diferença
Já
se fazia noite naquele sábado sete de março.
Pelo
portão 12, do aeroporto de Congonhas, alcançamos a porta do avião da Gol, do voo
1216, das 20h20, que nos levaria de volta a Porto Alegre.
As
boas-vindas a bordo, recebemos de um comissário e duas colegas aos sorrisos soltos.
Integrantes
da categoria prioridades, a Irene e eu fomos os primeiros passageiros a chegar.
Sem ter pensado nisso antes, fingindo ar de decepção, perguntei ao moço: e a
banda de música?
Pois
aí, revelando invejável presença de espírito e inventividade, o comissário passou
a soprar um imaginário trompete, sendo instantaneamente acompanhado pelas aeromoças,
cantarolando e ensaiando passos ritmados… Claro, tudo para dar vida à reclamada
banda e nos fazer alegre e carinhoso agrado e uma divertida recepção.
Que
música tocaram? Ninguém me pergunte.
Mas
isso nem tudo é.
Aproximava-se
o voo de seu final, quando o comissário trompetista nos disse, teatralizando a
cena, que estava muito sentido porque não pudera oferecer um jantar “ao casal
em lua de mel”, pois na hora do serviço de bordo* eu estava adormecido...
Pouco
depois, ao desembarque, a despedida aconteceu ao som de breve performance da
originalíssima banda, que nos deixou tocados pela brincadeira tão bacana. Sem
dizer da boa lembrança.
Bem
queria que a Gol soubesse da espontânea encenação improvisada por três de seus bons
funcionários pintando aos nossos olhos bela e simpática imagem da empresa,
coisa nem sempre fácil para a publicidade.
Agora,
quando você viajar de avião, invente sua pergunta aos tripulantes da recepção. Tente
pedir pela banda de música ou de rock, pela sanfona, guitarra. Se vai funcionar,
é outra conversa.
*******
*A
Gol vende lanches.
Nota:
Voltávamos
de São Paulo com o Fernando, depois de festejar o sexto aniversário do nosso neto
e sobrinho Alex, o irmãozinho da Mariana, filho da Gabriela e do André.
(10.03.2015)