segunda-feira, 16 de março de 2015

Bandinha da Gol

Ou o bom humor faz diferença

Já se fazia noite naquele sábado sete de março.

Pelo portão 12, do aeroporto de Congonhas, alcançamos a porta do avião da Gol, do voo 1216, das 20h20, que nos levaria de volta a Porto Alegre. 

As boas-vindas a bordo, recebemos de um comissário e duas colegas aos sorrisos soltos.

Integrantes da categoria prioridades, a Irene e eu fomos os primeiros passageiros a chegar. Sem ter pensado nisso antes, fingindo ar de decepção, perguntei ao moço: e a banda de música?

Pois aí, revelando invejável presença de espírito e inventividade, o comissário passou a soprar um imaginário trompete, sendo instantaneamente acompanhado pelas aeromoças, cantarolando e ensaiando passos ritmados… Claro, tudo para dar vida à reclamada banda e nos fazer alegre e carinhoso agrado e uma divertida recepção. 

Que música tocaram? Ninguém me pergunte.
Mas isso nem tudo é.

Aproximava-se o voo de seu final, quando o comissário trompetista nos disse, teatralizando a cena, que estava muito sentido porque não pudera oferecer um jantar “ao casal em lua de mel”, pois na hora do serviço de bordo* eu estava adormecido...

Pouco depois, ao desembarque, a despedida aconteceu ao som de breve performance da originalíssima banda, que nos deixou tocados pela brincadeira tão bacana. Sem dizer da boa lembrança.

Bem queria que a Gol soubesse da espontânea encenação improvisada por três de seus bons funcionários pintando aos nossos olhos bela e simpática imagem da empresa, coisa nem sempre fácil para a publicidade.

Agora, quando você viajar de avião, invente sua pergunta aos tripulantes da recepção. Tente pedir pela banda de música ou de rock, pela sanfona, guitarra. Se vai funcionar, é outra conversa.
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*A Gol vende lanches.

Nota:
Voltávamos de São Paulo com o Fernando, depois de festejar o sexto aniversário do nosso neto e sobrinho Alex, o irmãozinho da Mariana, filho da Gabriela e do André.


(10.03.2015)