"Para perplexidade de poucos, tudo se passa diante de universal apatia."
Almiro Zago
Até parece que, neste mundo, nada mais de importante haveria para pesquisar ...
Até parece que, neste mundo, nada mais de importante haveria para pesquisar ...
Pois não é que muitos cientistas, certos governos e algumas instituições privadas estão preparando uma espécie de simulação do "big bang"?
Sim, aquela fantástica explosão que, segundo versão corrente, deu origem ao universo. Fins científicos, claro.
Sem novidade, porque a experiência deveria ter saído no ano passado, a 20 de setembro. Nada a ver com a Revolução Farroupilha, certo. Problemas técnicos, porém, forçaram o seu adiamento. A propósito, teria tido Deus semelhante percalço quando da criação?
Por enquanto, está parada para consertos a máquina do "big bang". Se a crise financeira não a estourar antes, daqui a pouco dela teremos notícias.
Essa coisa maluca é uma ideia do CERN - Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear, mais conhecido pela sigla em inglês - LHC, que mandou construir o “grande colisor ou acelerador de hádrons".
Se é que bem entendi, seria um aparato, sem termos de comparação, preparado em túnel de forma circular, com perímetro de vinte e sete quilômetros, a pelo menos cem metros de profundidade, na fronteira de França e Suíça.
Nem sei bem o que seja, mas será nele que prótons serão acelerados num anel de colisão que tem cerca de 8,6 km de diâmetro. Leio que entre os principais objetivos do LHC está a busca de uma explicação da origem da massa das partículas elementares e encontrar outras dimensões do espaço.
Entretanto, o que me incomoda é que o LHC já enterrou naquele buraco por volta de sete bilhões de Euros, envolvendo perto de dois mil físicos de trinta e cinco países e dois laboratórios autônomos de pesquisa. Enquanto isso, na superfície, o aquecimento global vai derretendo geleiras milenares, as atividades humanas degradam a natureza e devastam florestas, poluem rios e oceanos. Nem cientistas nem governos pesquisam ou patrocinam soluções de vulto para o colossal problema.
E mais: a ciência das grandes nações do Ocidente e da Rússia carrega imensa dívida para com a humanidade. Por suposto, é resultado científico a descoberta da fissão nuclear.
Cientistas chegaram à terrível bomba atômica e, também, ao uso pacífico da energia obtida através da fissão. Contudo, a ciência jogou-nos no colo o lixo atômico e a radioatividade.
Então, antes de estressar os cérebros e gastar rios de dinheiro para descobrir a origem da massa das partículas elementares etc. e tal, não fariam melhor os cientistas e seus patrocinadores se dirigissem esforços de pesquisa para dar destinação limpa ao lixo nuclear? E, quem sabe, encontrar meios de minimizar os efeitos da radioatividade?
A magia que perpassa cada amanhecer, cada pôr-do-sol a mim sugere que a grande aventura humana, ao contrário das ilusões de cientistas e dos interesses de dominação, passaria antes pela salvação da Terra, isto é, da natureza que já perdeu a capacidade de repor tudo o que dela vem sendo retirado. Depois, falem de viagens espaciais e feitos do gênero e, certamente, da simulação do momento da criação do universo.
Para perplexidade de poucos, tudo se passa diante de universal apatia. E, desconfio, com a cumplicidade de Minerva, a romana Athena, deusa da ciência que, travestida de Themis, a da justiça, talvez tenha vendado os olhos.
Agora, quanto à essa experiência patrocinada pelo LHC, vozes isoladas anunciam efeitos desastrosos, dizendo que um "buraco negro" tragaria o Planeta.
Bem, nisso não chego a acreditar. Mas, caso chegue o fim dos tempos, um sentimento menos nobre me conforta: os cientistas e seus patrões seriam os primeiros a sumir.
Sem novidade, porque a experiência deveria ter saído no ano passado, a 20 de setembro. Nada a ver com a Revolução Farroupilha, certo. Problemas técnicos, porém, forçaram o seu adiamento. A propósito, teria tido Deus semelhante percalço quando da criação?
Por enquanto, está parada para consertos a máquina do "big bang". Se a crise financeira não a estourar antes, daqui a pouco dela teremos notícias.
Essa coisa maluca é uma ideia do CERN - Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear, mais conhecido pela sigla em inglês - LHC, que mandou construir o “grande colisor ou acelerador de hádrons".
Se é que bem entendi, seria um aparato, sem termos de comparação, preparado em túnel de forma circular, com perímetro de vinte e sete quilômetros, a pelo menos cem metros de profundidade, na fronteira de França e Suíça.
Nem sei bem o que seja, mas será nele que prótons serão acelerados num anel de colisão que tem cerca de 8,6 km de diâmetro. Leio que entre os principais objetivos do LHC está a busca de uma explicação da origem da massa das partículas elementares e encontrar outras dimensões do espaço.
Entretanto, o que me incomoda é que o LHC já enterrou naquele buraco por volta de sete bilhões de Euros, envolvendo perto de dois mil físicos de trinta e cinco países e dois laboratórios autônomos de pesquisa. Enquanto isso, na superfície, o aquecimento global vai derretendo geleiras milenares, as atividades humanas degradam a natureza e devastam florestas, poluem rios e oceanos. Nem cientistas nem governos pesquisam ou patrocinam soluções de vulto para o colossal problema.
E mais: a ciência das grandes nações do Ocidente e da Rússia carrega imensa dívida para com a humanidade. Por suposto, é resultado científico a descoberta da fissão nuclear.
Cientistas chegaram à terrível bomba atômica e, também, ao uso pacífico da energia obtida através da fissão. Contudo, a ciência jogou-nos no colo o lixo atômico e a radioatividade.
Então, antes de estressar os cérebros e gastar rios de dinheiro para descobrir a origem da massa das partículas elementares etc. e tal, não fariam melhor os cientistas e seus patrocinadores se dirigissem esforços de pesquisa para dar destinação limpa ao lixo nuclear? E, quem sabe, encontrar meios de minimizar os efeitos da radioatividade?
A magia que perpassa cada amanhecer, cada pôr-do-sol a mim sugere que a grande aventura humana, ao contrário das ilusões de cientistas e dos interesses de dominação, passaria antes pela salvação da Terra, isto é, da natureza que já perdeu a capacidade de repor tudo o que dela vem sendo retirado. Depois, falem de viagens espaciais e feitos do gênero e, certamente, da simulação do momento da criação do universo.
Para perplexidade de poucos, tudo se passa diante de universal apatia. E, desconfio, com a cumplicidade de Minerva, a romana Athena, deusa da ciência que, travestida de Themis, a da justiça, talvez tenha vendado os olhos.
Agora, quanto à essa experiência patrocinada pelo LHC, vozes isoladas anunciam efeitos desastrosos, dizendo que um "buraco negro" tragaria o Planeta.
Bem, nisso não chego a acreditar. Mas, caso chegue o fim dos tempos, um sentimento menos nobre me conforta: os cientistas e seus patrões seriam os primeiros a sumir.
Um comentário:
Brilhantes reflexão e texto!
Antonio Araujo Villar
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