segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Balanço de Noel

Isabel Cristina CCarvalho
“A vida é eterna”. “Eu sou efêmera”.

Foto: detalhe da nossa árvore de Natal, na chegada do Verão.

Nada como um tempo estático para me sentir uma passageira meteórica de caminhos delineados e não percorridos.


Adoro este tempo de balanços, reflexões, pausas, meditações e euforias entre tantas sensações.

E estou aqui, abraçada aos restolhos felizes, os meio felizes e os e mal resolvidos de 2008, como tábuas de salvação para meu novo ano já iniciar fazendo sentido.

Ando atrasada há uma estação, em quase tudo, quase... Atrasada em planejar metas e objetivos, em dar satisfações, atrasada em pagamentos, em escrever sobre coisas que adoro; atrasada em dar abraços, agradecer, retribuir, em cumprir promessas e muito mais. Curioso é que não me sinto em descompasso com os meus próprios passos e sim com a doce sensação de que me permiti a uma espichada na recente Primavera, mesmo fora dos trilhos ou das flores. Com temperatura de dezessete graus hoje, três de janeiro, meu bairro em Porto Alegre se confunde com o inverno e se nevasse na cidade eu não me surpreenderia.

Mas quero me surpreender, e muito, com coisas novas, inesperadas e nada previsíveis.

Em julho citei num texto que segundo o calendário Maia só temos a chance de fazer renascer as energias do período de nosso nascimento aos cinquenta e dois anos, portanto devo estar exatamente experimentando este período, renovando rumos. Ainda tenho um semestre pela frente até os cinquenta e três para promover mudanças significativas em meus horizontes e não será fácil fazer escolhas. Mas estou emocionada pela idéia de viver intensamente 2009.

O ano de 2008 pareceu-me difícil. Em várias situações ora ele era escada, ora era o muro em pessoa, mas confesso que foi uma das mais bonitas travessias de minha vida.

Tive reencontros com instantes que já estavam se tornando nostálgicos e também com momentos sublimes e desafiadores.

No saldo do balanço apareceu o que merecia acontecer e agora desejo conviver amistosamente com os resultados, reproduzi-los, transformá-los e continuar no novo ano com mais sonhos, rebeldias e esperanças.

Agora é tempo de Reis Magos. Se eu pudesse presentear as pessoas que me rodeiam ao invés de ouro, incenso ou mirra, eu presentearia sim, de uma maneira bem-humorada com muito tesouro, muito senso e muita briga. Desejaria também, de uma forma poética, “Delicadeza” para anoitecerem em paz; “Paz” para atravessarem noites serenas e “Energia” para fazerem de cada dia uma conquista. E, como passageira meteórica, desejo a todos Feliz 2009 e muitas surpresas ao longo dos caminhos delineados e não percorridos.

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