Almiro Zago
Se estamos em campanha eleitoral não consigo, nem devo, permanecer indiferente. Mesmo que ninguém me veja em aperto de mãos com candidatos, agitando bandeiras ou distribuindo santinhos, o que, aliás, seria bacana. Afinal, é a eleição a festa da Democracia.
Talvez faça pouco, mas minha participação começa no som do rádio, na imagem da televisão, bons meios de observar os pretendentes aos cargos da Câmara de Vereadores e da Prefeitura. Mais os primeiros, é verdade, pois me parecem tão desamparados no brevíssimo tempo a cada um deles destinado e, quase sempre, em duríssima luta pela boa síntese das ideias, raramente alcançada.
Mais proveitoso, isto fui descobrindo, é escutá-los no horário das sete da manhã, pois já vou ganhando lufadas de entusiasmo e otimismo para começar o dia com bom astral. Como faz bem à esperança ouvir as previsões de que a cidade onde moro será mais feliz — pelo menos nos próximos quatro anos.
Não obstante aquelas promessas envoltas em fantasia e outras de escondida malícia e falsidade, sempre se chega a um certo saldo de intenções sensatas e merecedoras de respeito. Claro, há muita gente boa em campanha e propostas sérias, o que não me impede de torcer o nariz para a comunicação via rimas pobres ou trocadilhos tolos, de alguns, e para a identificação, de outros, por apelidos carregados de vulgaridade. Mas isso é o menos e tem a ver com a realidade cultural de muitos em nosso meio.
Por outro lado, e sinto necessidade de revelar aos meus leitores, tenho andado enfastiado de ler, de ver e ouvir gente que, a tudo e a todos, só sabe criticar.
“Desancar políticos virou esporte nacional”, disse alguém.
Certo, há muitos canalhas, delinquentes que desonram as atividades públicas. Entretanto, arranha-me a suspeita de que temos muita gente de boca torta de tanto fazer crítica, porém de cabeça vazia de ideias e disposição para lutar pela correção dos rumos.
Bem sei, careço de originalidade, mas se quisermos reverter, mudar o quadro, o remédio é participar da vida política. Então, quem se anima a abraçar uma causa e atuar num partido, ou mesmo numa associação comunitária? Cada um encontre o seu jeito, nem que seja apenas acompanhar a ação e dar apoio ao bom político que mereceu seu voto ao Legislativo municipal, por exemplo.
Agora, se você está fora deste pleito e gostaria de ser vereador, já pode pôr o pé na estrada, pois 2016 logo chega.
Ah, prometo meu voto. E presença na posse.
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